Magdalena – O Nascimento De Uma Puta
Magdalena – O Nascimento De Uma Puta
Magdalena – O Nascimento De Uma Puta:
Conforme o calendário judaico, estamos na data de 5784. Segundo ele, o Ano Novo é comemorado no final de setembro, no período conhecido como mês de Tishrei. No judaísmo, existem na realidade quatro calendários distintos, um deles dedicado às árvores. Quando nos referimos ao calendário Cristão, estamos no ano de 2024, uma diferença exata de dois anos. Com a implementação desses calendários, outros elementos passaram a ser incorporados à vida humana, como os preceitos e preceitos da religião judaico-cristã. Com certeza, você afirmará que Moisés recebeu os 10 Mandamentos diretamente de Deus, no Monte Sinai, aproximadamente em 1.279 a.c., registrando-os em duas tábuas conhecidas como “Tábuas da Lei”. Contudo, estamos todos vivendo sob o mesmo dogma.
O moralismo, doutrina ou comportamento filosófico ou religioso que elege a moral como valor universal, em detrimento de outros valores existentes, passou a reger o comportamento de toda sociedade. Nada pode ser feito e tudo acontecer dentro de quatro paredes. Um paradoxo constante destruindo mentes, vidas e corações.
No ano passado, fui procurado por Magdalena, uma jovem de 32 anos, executiva de uma multinacional, com formação sólida em marketing, filha de uma família cristã fundamentalista. Fora educada para ser uma dona de casa, uma mãe de família e que na visão de seus pais deveria casar-se com alguém da igreja, havia filas de candidatos. A jovem, uma morena com cerca de 1,70 m de altura, cabelos longos, lábios carnudos, olhos azuis turquesa, seios médios, corpo magro com uma linda bunda destacando-se na roupa sóbria que vivia.
Magdalena vivia num processo de autopunição, era uma bomba pronta para explodir. Havia muito pressão de seus pais para se casar, mal sabiam eles que durante a faculdade ela havia perdido a virgindade. Conhecerá Josué, um colega do mesmo curso e secretamente haviam tido uma relação. Entre beijos e muita pegação, ele havia chupado fazendo ela gozar intensamente. A menina que desconhecia o prazer ficou com a pernas bambas, oportunidade perfeita para ele rompesse as fronteiras de sua virgindade penetrando o mais fundo possível na buceta prometida. Não mais o que fazer, o que ela falaria para mãe e para o pai. Como podia ser tão fraca, ter cedido tão facilmente a uma investida naquele nível. Estava instalado o chip da autoflagelação, era como ser um tiro a tivesse acertado bem quando gozava pela segunda vez agora um pau pulsando nas suas entranhas.
Quando estava na solidão do seu quarto, no silêncio da casa, sua buceta pulsava e todas as noites usava seus dedos para brincar com a sua bucetinha e gozar intensamente. Imaginava, Josué a fodendo com força, lhe pegando de quatro, era capaz de sentir a pica imaginária cutucando o seu útero. Junto com o gozo vinha o choro, não de prazer, mas de culpa, de medo, de insegurança. Culpa porque se sentia uma puta, medo de ir para o inferno e insegurança devido a certeza de que se fosse descoberta seria expulsa de casa.
Os dias foram passando e as três forças juntas foram destruindo todo tesão que a menina tinha pela vida. Cada dia o fardo era mais pesado, mais escuro. Era um pedaço de mulher, por fora um sucesso enorme, com um excelente emprego, dinheiro e posição social. Por dentro, um fantasma, um zumbi vivendo e alimentando-se de toda aquela escuridão. Como tratar um caso destes? Qual o caminho a seguir? Dizem que um amor só se esquece com outro amor, então uma crença só pode ser substituída por outra. Não é fácil arrancar coisa enraizadas há milhares de anos no inconsciente da humanidade. Felizmente, há crenças no mundo que o cristianismo colonizados não conseguiu eliminar ou varrer para debaixo dos tapetes.
Uma das crenças de origem Celta é uma delas. Na sua fé, possuía sacerdotes, conhecidos como Druidas, e sacerdotisas, conhecidas como Druidisas. A maneira de viver deste povo místico incluía a interação com entidades do além, a interpretação de oráculos, vidência, profecias e a prática de medicina natural. Era costume deles homenagear e festejar os deuses e os antepassados de maneiras bastante particulares, especialmente durante as alterações e o auge das estações. As mulheres da cultura celta eram engajadas na vida religiosa, tinham direito ao voto, participavam de batalhas e algumas se tornaram famosas como líderes de suas tribos.
A sexualidade era vista com muita naturalidade e muitas referências históricas citam a liberdade sexual de homens e mulheres, inclusive em festas sazonais dedicadas ao Sagrado, onde era permitida (e esperada) a interação sexual em duplas ou grupos, inclusive relações extraconjugais. Mais do que isso, crianças geradas durante as celebrações eram super bem recebidas por todos, afinal eram fruto de uma relação dentro de um contexto sagrado. Isso porque na crença celta, as festas simbolizavam o “tempo sagrado”, onde os aspectos femininos e masculinos da natureza eram sacralizados através dos seres humanos, que ao se relacionarem sexualmente, estariam revivificando a criação, originada da polaridade positivo-negativo, Deus e Deusa. Os celtas e sua forma de ver o mundo, a morte e a sexualidade são um exemplo de que existiram povos livres e prósperos, que cultuavam o Sagrado e viviam integrados à natureza.
O conceito de pecado e culpa só chegou às Ilhas britânicas quando os romanos conseguiram dominar politicamente a região. Para esse povo não pecado, nem culpa porque eram livres. Eles viam os animais procriarem sem se preocupar com nada, porque não existe pecado. Este conceito é uma invenção de conquistadores com objeto de submeter, subjugar e manipular mentes. Assim como não Paraíso ou Inferno, ambos estão dentro do homem e cabe a ele manter o coração leve.
Magdalena passou por todo o processo terapêutico, frequentou seminários e hoje desfruta de liberdade. Vive sozinha em um amplo apartamento, anda despida em casa, possui vários brinquedos sexuais e os utiliza frequentemente para dar risadas loucas. Adora se masturbar e já testou de tudo, desde paus e bucetas até sexo anal e casual. Magdalena declarou que nasceu puta, foi batizada com esse nome, então por que não ser puta? Sim, ela é uma mulher autônoma, livre, contente e contente. A única culpa que carrega é não ter percebido isso antes e seu único erro é não aproveitar quando tem a oportunidade.
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