Vicio

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Vicio:

O medo é uma emoção que se manifesta em resposta à percepção de uma situação de possível perigo. A noção de que algo ou alguém possa colocar em risco a segurança ou a vida de alguém, ativa involuntariamente uma série de compostos químicos que desencadeiam reações que definem o medo. O medo é essencialmente a forma como nosso corpo se prepara para enfrentar uma ameaça ou perigo. Quando nos deparamos com uma circunstância como essa, o cérebro emite sinais ao corpo com o objetivo de maximizar as possibilidades de sobrevivência.

O medo irracional costuma ser ilógico e antecipado, geralmente, vem acompanhado de ansiedade e não tem uma justificativa plausível. Ele altera a visão da realidade e pode trazer prejuízos para a vida afetiva, social, acadêmica e laboral.

A questão é que o medo libera no corpo diversos hormônios e substâncias químicas, isso leva ao vício. Da mesma forma que acontece com as drogas, o medo é viciante. Na maioria das vezes, a dependência química tem causas variadas, como dificuldade de lidar com frustrações e com traumas da infância, depressão, tristeza sem motivo ou quadros de ansiedade. Então as pessoas passam a necessitar viver com medo, buscam e se arriscam para que o medo haja em seus corpos. Afinal, a adrenalina, a dopamina e o cortisol são três substâncias químicas importantes que os seres humanos evoluíram para liberar quando estão sob ameaça ou medo.

Não aceito o medo, para mim ele é paralisante. As pessoas perdem oportunidade por causa dele, vivem vidas medíocres porque não tem coragem de enfrentarem as coisas de frente. Sou uma águia e o meu método está baseado nisso. Meu objetivo é ensinar a voar e voar alto. O processo é relativamente simples, águias bebês aprendem a voar, principalmente, observando seus pais, então dou as pessoas as referencias. Para incentivar as jovens águias que não mostram interesse neste processo, os pais, às vezes, voam ao redor do ninho com um alimento em suas garras, ou seja, mostram o resultado de saber voar, pois quem não voa não come. No entanto, se insistem em se manter no ninho, resta simplesmente jogá-los no penhasco. Ou voam ou morrem.

Toda mulher que se aproxima de mim passa por um procedimento conhecido como diagnóstico, quero identificar se é uma águia ou uma galinha em fuga. Lamentavelmente, há mais galinhas do que águias. A questão é que há muitas águias criadas como galinhas que vivem de cabeça baixa ciscando de um lado para outro sem perceberem o seu potencial por medo, insegurança e por desconhecimento.

Meu trabalho é encontrá-las e posicioná-las de frente para sol e contra o vento numa manhã de primavera. Quando abrem suas pernas, digo suas assas e sentem o vento bater seus instintos afloram e voam em direção ao sol, num clímax explosivo.

Quando lhes conto sobre as belezas da liberdade simplesmente duvidam. Entendo, pois desconhecem e quando iniciam o seu voo ainda existe a insegurança, afinal vivem anos como galinhas. Precisam aprender toda a extensão de suas assas, do seu corpo. Precisam primeiro aprender a se olhar nuas no grande espelho e usarem a visão para sentirem prazer, precisam enxergar a sua própria beleza. Desnudarem-se para vida. Depois precisam aprender a se tocar, brincar com sua boca, seios, braços, pernas, mãos, pés, bunda, bucetinha e cuzinho. Então precisam conhecer os seus próprios sabores e odores, o gosto do seu gozo e cheiro. Precisam lamber os dedos após gozarem. Então partimos para explorar todos os buracos e de todas as formas possíveis. Precisa gozar com um vibrador sugando seu clítoris e um consolo dilatador no cu e após se entregarem ao gozo devem limpar seus brinquedos com a boca desfrutando todos os seus cheiros e gostos. Minhas putinhas, cadelinhas, minhas águias precisam aprender a conhecer o seu corpo para gozarem sem precisar de ninguém, sem depender ninguém. Precisam estar entregues a si mesmas e a sua jornada.

Quando me relatam suas descobertas ao mesmo tempo me mostram as suas correntes de vento, os seus interesses. Algumas sentem um enorme tesão em serem atacadas, sem serem subjugadas ou simplesmente serem tratadas como princesas. Voar num céu previamente mapeado deixa tudo muito mais fácil. Assim, posso me dedicar mais a chupar seus seios, sua bucetinha ou seu cuzinho. Fazer uma massagem completa ou simplesmente ordenar que obedeçam e façam exatamente o que desejo. As vezes nessa brincadeira é preciso usar estímulos, como instrumentos. Aí entram as algemas, as cadeiras, as cordas, as velas, as bebidas, os beliscões, os tapas, a violência. Não se trata de gritar ou espancar, as vezes um sussurro no ouvido e tapa na bunda resolvem. Dizer de forma quase inaudível que ela é uma putinha safada, gostosa e que você quer meter forte enquanto a masturba brincando com os dedos na sua bucetinha, tem um efeito muito mais interessante.

Então acontece o seguinte: Enquanto o tálamo ajuda a integrar informações sobre o toque e movimentos associados, o hipotálamo produz a ocitocina, que pode ajudar a coordenar o cérebro a liberar uma onda de dopamina. Não é à toa que ter um orgasmo estimula o cérebro da mesma forma que usar drogas ou ouvir a sua música favorita. Adoro essa compensação, tiramos as substâncias do medo e trocamos pelas do prazer. Usar tudo junto, medo e sexo faz a coisa explodir e gozo atinge o sol e erradia toda a sua luz. Mas isso é coisa para mestres e águias, galinhas não estão convidadas para essa festa.

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