O Aniversário do Corno Parte 1/2

Era uma manhã ensolarada e Rebeca me acordava com um beijo e um apertão na bunda, por cima da cueca.

– Boa tarde, gatinho! Feliz ano novo!

Ainda sonolento, abri os olhos e retribui com um sorriso.

– Olá amor da minha vida! Que bom acordar com um beijo desse! Nunca há presente melhor!

– Ela disse que tem uma surpresa para o jantar. Isso é um presentão! – disse Rebeca, sorrindo.

Passei o dia todo esperando pelo jantar e curiosa para saber o que seria. No fim do trabalho, eu fui correndo para o estacionamento, peguei meu carro e levei a Rebeca para o trabalho dela. Logo que ela entrou, eu gritei:

– Oi, gatinha! Qual o melhor plano?

– Eduardo, boa noite! Disse em tom irônico. – O seu dia foi bom?

– Obrigado, amor. Estou muito feliz e o pessoal do trabalho comprou um bolinho para mim.

– Eu garanto que vai ficar melhor. Vamos para casa para nos arrumarmos. Fui reservar em um restaurante em São Paulo, então é melhor não esperar.

Chegando em casa, fomos ao banho, cada um com um chuveiro para agilizar. Moramos em uma cidade a 100km da capital, mas o trânsito é complicado. Eu terminei o banho antes de Rebeca e escolhi minha camisa, calça jeans e meu time favorito. Depois de me vestir, eu fiquei esperando na sala. Rebeca demorou mais um pouco, mas valeu a pena esperar. Ela estava com um vestido vermelho que mostrava suas curvas e era sensual.

Nós pegamos a estrada. A viagem durou uma hora e meia, conversando sobre o dia. Chegando lá, deixei as chaves do carro com o motorista e fomos para a recepção, onde demos os dados da reserva e um atendente nos levou até nossa mesa. Via vários olhares na direção de Rebeca, sua beleza chama a atenção da maioria dos homens. Um deles sorriu e acenou para ela, que sorriu e me puxou.

Reparei no sujeito enquanto nos aproximavamos. Tinha uns 40 anos, cabelo e barba pretos e alguns cabelos grisalhos. Ele estava usando um terno. Eu pensei: “Esse cara deve fazer sucesso com as mulheres”. Meus pensamentos começaram quando ouvi ele dizer:

– Olha só quem está circulando pela cidade! Você está cada vez mais linda.

– Só venho em ocasiões especiais. – respondeu Rebeca, corando um pouco por causa do elogio – Viemos comemorar o aniversário do Eduardo. Arthur é um amigo, amor.

Ele levantou e cumprimentou Rebeca com beijos. Nos cumprimentamos com um aperto de mãos.

– Arthur está muito feliz!

– O prazer é meu – respondeu, esboçando um sorriso e dando uma entonação de destaque em “todo meu” – e feliz aniversário!

Obrigado, fomos para a mesa. Não sei se era para me provocar, elogiando minha esposa, mas, como bom corno, aquilo me atiçou. Me acomodei em uma das cadeiras para o Arthur ficar no meu campo de visão e Rebeca se sentou de frente para mim, dando as costas ao amigo. Rebeca gritou antes que eu pudesse falar algo.

– A coincidência! Há muitos restaurantes na cidade e encontrei um cara que te fez de corno no seu aniversário.

– Isso explica as brincadeiras dele enquanto conversamos. Mas e aí, qual dos chifres?

Nós nos conhecemos há quase um ano. Rebeca me contava seus casos, mas eu não conseguia lembrar quem era o Arthur.

– Eu vim para cá com a Camila. Ele é diferente de você. É selvagem, bruto, dominador.

– Hmm, acho que lembro de um cara assim…

A noite seguiu e o jantar foi incrível. A comida era muito boa e o vinho ainda melhor. Ficamos conversando sobre o tal dia em que a Rebeca tinha trepado com o Arthur. Deve ter sido muito bom, afinal ela lembrava de vários detalhes que nem eu lembrava. Percebi olhares do Arthur para a Rebeca durante a noite toda, o que por si só já seria motivo suficiente para me deixar excitado, mas depois de saber que ele já tinha fodido ela todinha, meu tesão estava à mil. Fiquei de pau duro a noite toda e isso não passou despercebido pela minha esposa, que por várias vezes me fez carícias com o pé por baixo da mesa, encostando os pés descalços no meu pau, por cima dos jeans, provocando ainda mais este pobre corno. Quando terminamos a garrafa de vinho, Rebeca se levantou, dizendo:

– Gatinho, vou ao banheiro. Vai pagando a conta que quando eu voltar vou te levar para o Motel, quero dar logo seu presente!

Mais que depressa, chamei um garçom, paguei a conta e fiquei aguardando minha esposa voltar do banheiro. Assim que ela chegou, saímos de mãos dadas e fomos até o carro. Percebi que Rebeca deu uma piscadinha para o Arthur, um jeitinho de se despedir dele e me provocar ao mesmo tempo. Enquanto aguardávamos o manobrista buscar o carro, Rebeca me mandou pelo WhatsApp o endereço de um Motel que ficava nas proximidades.

– É para este que vamos, amor. Deixei reservado.

– Você pensou em tudo, hein, amor! Obrigado, estou adorando meu aniversário.

– Você nem imagina o quanto eu pensei em tudo – disse em tom de gargalhada – espere e verá!

Fiquei meio intrigado, mas resolvi não ficar perguntando para manter a surpresa. Chegando no motel, pedi pela reserva em nome de Rebeca. Ao pegar as chaves, a atendente informou que o período da reserva era de 12 horas. A noite seria longa e eu pretendia aproveitar muito. Subimos as escadas juntos e ao abrir a porta, fui pego de surpresa.

Era uma suíte linda, toda em tons escuros. A luz era avermelhada e de pouca intensidade, dando um ar diabólico para o lugar. Os lençóis brancos que cobriam a cama à esquerda da porta contrastavam com os pisos negros. Uma das paredes ao lado da cama era totalmente revestida de espelhos, dando uma sensação de que o quarto era gigantesco. Na parede oposta ao espelho, havia um painel de estofado vermelho em formato de X, no qual pude observar algemas em cada uma de suas extremidades. Por fim, completando o ambiente, havia uma banheira de hidromassagem para duas pessoas e a porta que dava acesso ao banheiro e aos chuveiros.

Enquanto eu observava, entusiasmado, a beleza daquela suíte, Rebeca desabotoou minha camisa, jogando-a de lado. Puxei minha esposa para um beijo, apertando-a contra meu peito nu enquanto nossas línguas úmidas dançavam em nossas bocas. Ainda aos beijos, fui conduzindo Rebeca em direção ao painel erótico, mas quando fiz menção de erguer um de seus braços na direção das algemas, ela girou seu corpo, me colocando entre ela e o painel. Deixei-a tomar as rédeas da situação e ela sensualmente algemou meus dois braços na parte superior do “X”. Rebeca se abaixou, abrindo o zíper do meu jeans, deixando o caminho livre para que eu visse meu reflexo no espelho do outro lado da cama. Quando me dei conta, já estava completamente sem roupas e meus pés também estavam amarrados, me deixando completamente vulnerável, à mercê daquela Deusa.

Rebeca colocou música pelo celular, Antichrist Superstar do Marilyn Manson, e começou a fazer strip-tease ao som das batidas, tirando lentamente cada peça de roupa em movimentos sensuais. Primeiro, os sapatos, o vestido e o sutiã. Meu caralho pulsava de tesão, o tempo em ereção deixava-o mais inchado que o normal, chegando a estar sensível. As correntes no painel impediram meu movimento, chamando a atenção de Rebeca.

Ela chegou perto do meu ouvido, apenas com a calcinha, e sussurrou:

– A buceta está encharcada, quer sentir?

Mal consegui conversar. Minha resposta foi como um grito.

– Preciso…

Ela responde mal.

– Talvez depois.

Foi muito forte. Sentimento de desejo e privação. Era tudo novo para mim. Eu forçava as correntes para tentar me livrar e atacar Rebeca. Ela apreciava, me olhando enquanto servia duas taças de champanhe. O telefone toca. Rebeca vai ao aparelho.

– Não? …. Ah, sim. Posso deixar na garagem, obrigado.

Ela dirige o olhar para mim e diz:

– Era do quarto. Você chegou!

Sem palavras. Não sabia o que esperar e não me aguentava mais. Eu fiquei observando enquanto minha esposa vestia minha camisa e se dirigia à porta sem me olhar. Meu último vislumbre foi minha esposa saindo com os pés descalços, calcinha e camisa que mal cobria sua bunda. Rebeca me deixou sozinho no quarto do motel, sob luz vermelha e ao som de Marilyn Manson.

Não sei quanto tempo se passou até eu ver a maçaneta se mover. Eu senti que passou horas. Ainda assim, meu cacete estava duro como pedra. Como isso foi possível? Você se sente atraído por algo assim? A maior surpresa ainda estava por vir. A porta se abriu e entendi o presente.

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