Dominação Trantrica XXIII – Hábitos
Dominação Trantrica XXIII – Hábitos
Dominação Trantrica XXIII – Hábitos:
Charles Dihing, um jornalista investigativo do New York Times, publicou um livro que se tornou um sucesso de vendas: O poder do hábito, que explica por que agimos como agimos na vida e nos negócios. Ele sintetiza tudo com base no que denomina loop do hábito, dividindo nossas ações em estímulo, rotina e recompensa. Stephen R. Covey, outro pensador americano e consultor de grandes empresas, já havia publicado anteriormente “Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes”. Covey também caracteriza o êxito e o insucesso como simples hábitos e repetições de atitudes.
Também agimos dessa maneira sexualmente. Estamos constantemente em ciclos e repetições. Quando nos sentimos sozinhos ou sem prazer (permissão), iniciamos uma busca (rotina) e finalmente encontramos o prazer (recompensa). A questão aqui é que existe muito mais do que apenas hábito, há instinto, desejo, comportamento, medo, entre outros elementos.
Recentemente conheci um casal no site Sexlog. Pessoas educadas, interessantes e de um alto nível social e cultural. Estavam vivendo a pouco em São Paulo e estavam em busca de algo que fortalecesse o seu relacionamento. Primeiro conheci a esposa, ela disse que já haviam praticado ménage masculino em outra oportunidade e que isso por um tempo havia estimulado os dois. O problema foi que o terceiro elemento na relação não entendeu que tratava-se de uma mera e deliciosa trepada que por força do hábito se repetiu algumas vezes. O pobre menino acabou se apaixonando pela pessoa errada.
Na sequência, conheci meu marido. Ele parecia ser um indivíduo bem-resolvido, possuía uma amante. Ele era um equilibrista emocional, tentando balancear as balanças entre dois vínculos. O primeiro de um matrimônio com mais de duas décadas e o segundo de uma paixão intensa que persistia em pulsar forte no coração, no cérebro e, sobretudo, no pau.
A mulher lutava incessantemente para recuperar a paixão da juventude. Aquela que os juntou há décadas em um bar, uma discoteca e um quarto de hotel. O esposo deixava evidente que sua intenção era atrair a mulher para os braços do primeiro que a aceitasse. Ela estava resoluta e jamais permitiria que ele partisse dessa forma, muito menos sequer consideraria a opção de sair com um homem sozinha.
Para solucionar o paradoxo, nada como quebrar tudo. E o caminho mais obvio para isso é assumir o papel do liberal, do livre, do independente e porque não ser um pouco libertino. Afinal, o que seria do mundo se não fosse a libertinagem.
Ele me perguntou qual o caminho para resolver isso. Procurei ser mais simples direto possível. Chame as duas para jantar, as apresente e diga que ama ambas. Tomem um vinho e do restaurante dirijam-se ao motel mais próximo. Incrédulo ele me olhou profundamente e disse que isso jamais seria possível. Elas não aceitariam, seria o inferno na terra. Como se houvesse outro inferno que este aqui e agora.
Imagine, continuei, se elas se entenderem na cama. Você terá duas mulheres sua disposição, isso não pode ser um inferno. Para mim é o paraíso. Duas mulheres chupando o seu pau, brigando para ver quem chupa mais gostoso. Duas bucetas e dois cuzinhos que podem serem fudidos lado a lado. Uma chupando a outra e o seu pau enquanto você mete na outra. Na hora de gozar duas boquinhas brigando para receber a sua porra. Não há mais esposa ou amante apenas duas mulheres buscando prazer e o feliz macho delas provendo sexo ao extremo.
O liberal que há pouco havia me encontrado para me aprova e me liberar para comer a sua mulher, olhou-me como se eu fosse um lunático ou um ser de outro planeta. Esse olhar foi revelador.
O Democrata, o Libertário. Não se considerava tão liberal. Quando as duas se encontravam, tinha receio de perder ambas. Destruir o equilíbrio que o mantinha no controle diante de um conflito oculto entre duas mulheres. É provável que o meu amigo nunca tenha lido Mikail Bakumi: “A verdadeira liberdade só será alcançada quando todos os indivíduos ao meu redor, homens e mulheres, forem igualmente livres. Assim, quanto mais homens livres eu encontrar e quanto mais profunda e ampla for a sua liberdade, mais ampla, profunda e ampla será a minha liberdade.”
Falar em liberdade e se declarar liberal é muito simples, desde que você mantenha a porta, a gaiola e as pernas das mulheres que você ama sob seu controle. Ao se autodeclarar liberal, é preciso fazer um break true, uma interrupção da verdade. Pois ser liberal não é simplesmente dividir o parceiro e a parceira com outro ou outra é encarar a verdade com o respeito que ela merece e isso está além do sexo, vai pelo caminho da revolução interior, da revolução social e principalmente da revolução comportamental.
Fazer amor e amar deveriam ser hábitos mas não são, alguns nem sabem o que é. Perventendo a frase de Luther Blissett “Os escravos do século XXI não precisam ser caçados, transportados e leiloados através de complexas e problemáticas redes comerciais de corpos humanos. Existe um monte deles formando filas e implorando por uma oportunidade de trocar suas vidas por um salário ou relacionamento de miséria. O “desenvolvimento” capitalista alcançou um tal nível de sofisticação e crueldade que a maioria das pessoas no mundo tem de competir para serem exploradas, prostituídas ou escravizadas.”
Por isso, quando me perguntam e me colocam questões como essa respondo simplesmente que sexo está além de tudo, mas quando feito da forma certa e com amor é simplesmente revolucionário e libertador. Pena que ainda estamos distantes desse nível de evolução. Quero deixar claro que não sou alienígena e adoro meter com duas, três ou mais mulheres. Quanto mais buracos para meter mais revolucionário me sinto. Viva a revolução.