Pai descobre segredo da filha
Meu pai e eu sempre fomos muito amigos; eu — uma garota com físico de bailarina e rosto de traços delicados como se tivesse sido ilustrado — tímida e levemente orgulhosa, do tipo dedicada aos estudos e que não faz amizade fácil; e ele — alto e robusto, com uma cabeça quase completamemte calva, seus curtos cabelos restantes, antes castanhos, hoje num tom já quase completamente cinza escuro, e de rosto perfeitamente esculpido — do tipo homem sério de negócios que ninguém ousaria enfrentar, mas que revela seu lado mais doce para a única pessoa na qual ele ainda confia: eu!
Desde que me lembro de mim, meus pais já eram divorciados, passando a maior parte de minha infância vivendo com meus avós — rígidos como diamantes em me educar como uma boa garota digna de respeito e de um futuro brilhante em qualquer uma dessas carreiras “importantes”…
Hoje, aos dezoito anos de idade, vejo-me enfim livre de suas antiquadas amarras vivendo com meu pai já há quatro anos.
Quatro belos anos da mais pura amizade que tão ternamente foi se solidificando até que ele se tornasse quase um Deus para mim…
Num belo fim de tarde, eu chegava de um dos meu cursos indo direto para a cozinha louca por um copo d’água quando o vi já ali, como se só estivesse esperando por mim…
— Olá, querida, como foi o curso?
— Ah… foi… normal?… — respondi, estranhando-o por esse não ser seu modo comum de iniciar coversas.
— Eu quero falar com você.
Aproximei-me, levemente curiosa com seu tom informal, quase brincalhão.
Então apoiando seu trazeiro na pia, ele cruzou os braços: — Encontrei sua amiga Angélica outro dia…
Balancei a cabeça revirando os olhos:
— Ela não é minha amiga.
— Certo… Ah… a questão é que… ela me disse que vocês conversaram sobre mim…
Meu rosto empalideceu; nenhuma sombra de divertimento restando em minha expressão. O que aquela maluca teria dito a ele?!
— Ela disse que fez uma brincadeira sobre me achar atraente e que você ficou… irritada… que seu rosto ficou vermelho…
Não, não, NÃO! Não é possível que ela tenha mesmo feito isso! Tomada por uma leve tontura, tomei fôlego, sem sucesso, tentando processar o inferno caótico no qual eu havia me enfiado.
Plácido como uma manhã de domingo, ele piscou lentamente sem jamais desviar seus olhos dos meus: — Ela disse que você sem dúvidas está atraída por mim.
Sem ar, eu tremia tentando formular qualquer sentença que pudesse me absolver de tão absurdamente ofensiva acusação.
— Querida, está tudo bem, não precisa se preocupar com meu julgamento; só estou tentando entender…
— Simplesmente não é verdade! — consegui dizer enfim.
Ele deu de ombros:
— Então por que está tão tensa?
Deixei um forçado riso escapar:
— Porque está me acusando de algo realmente… REVOLTANTE! — gritei.
— Não é revoltante; às vezes isso acontece…
— Não comigo! — rosnei, encarando-o firmemente.
— E se eu dissesse que quero romper seu cabacinho esta noite?
Seu olhar perfurou o meu enquanto minha visão era subitamente enuviada, meu rosto rapidamente superaquecendo como se tivesse sido pendurado sobre uma fornalha fulgurante. Eu o ouvi corretamente?
Meu pai deu um passo à frente:
— Quero te levar pra cama e te fazer gemer como a putinha virgem, sedenta por pênis que você realmente é. — ele murmurou, baixando a cabeça quase encostando-a no topo da minha.
— Vá para meu quarto. — ele disse, mas eu não podia me mexer, mal podia respirar…
— Marche! — comandou ele então, no mais firme e autoritário tom que jamais havia dirigido a mim. Mas eu ainda não conseguia sair do lugar. — Se não andar… vou tornar isso muito mais doloroso pra você. — e, como se tivesse lido meu último pensamento sobre simplesmente correr o mais depressa possível: — Não pode escapar de mim. — concluiu.
O medo de tal ameaça fazendo seu efeito em mim de modo que, tomando fôlego, enfim comecei a caminhar; minhas pernas tão trêmulas e fracas que mal as sentia.
Num segundo, já estava em seu quarto encarando a grande cama à minha frente; em pensamento, perguntando-me que diabos fazia ali.
Foi quando a porta bateu atrás de mim fazendo meu coração bater tão forte quanto repetidos socos em meu peito.
Já quase desmaiando de nervosismo, senti suas grandes mãos me agarrarem por trás pelos cotovelos; ao seu toque, meus joelhos cedendo tornando-me uma mera marionete em seus braços.
Ele me jogou na cama de bruços. Ainda tonta, me virei, tentando retomar o controle de mim saindo de tal humilhante posição, quando o vi já sem calças a tirar a camisa com seu rosto coberto por ela revelando apenas seu tronco robusto na forma mais saudável e máscula possível; seu tom bronzeado contrastando com a branca cueca boxer que ele ainda vestia. Aquela visão de seu corpo, sua barriga, seu peito, suas cochas grossas, pelos por toda a parte… era absolutamente gloriosa. Esqueci de como respirar. Tudo em mim pulsava descompassadamente; jamais chegara perto de sentir mais intenso medo em toda minha vida, porém não conseguia formular qualquer pensamento racional e muito menos um modo eficiente de fugir daquela situação.
No instante seguinte, ele já estava em cima de mim, ainda em sua boxer, e com seu corpo pairando sobre mim com ele se equilibrando de quatro no firme e macio colchão de sua cama.
— Por favor, pai, por favor, não faça isso! — eu implorei, enfim quase chorando, mas seu rosto apenas se iluminou com um sutil revirar de olhos como se nenhuma outra reação minha pudesse tê-lo agradado mais.
Ele aproximou seu rosto do meu, comigo rapidamente voltando meu rosto para a esquerda, mas ele o puxou de volta com a mão direita forçando-me a encará-lo enquanto esmagava os grossos lábios de sua bela boca contra a minha, a qual eu ainda mantinha totalmente fechada como se minha vida dependesse disso; mas bastou sentir sua língua tocar a linha formada por meus lábios pressionados para que a pouca força que me restava em resistir enfim me deixasse.
Naquele momento, tudo o que pude fazer foi me abrir completamente para ele. A começar por minha boca, finalmente aceitando sua travessa língua que ainda se demorou provocando meus lábios pulsantes e trêmulos…
Ao breve roçar de sua lingua na ponta da minha, senti sede, uma sede profunda e miserável que só uma coisa poderia saciar… sua saliva. Eu quis pedir, quis implorar que ele deixasse seu cuspe escorrer de sua língua para que eu o sugasse por toda a eternidade… mas, mesmo então, mesmo sentindo o que sentia, eu ainda não podia pedir por isso. E enquanto não conseguia pensar em mais nada, foi quando senti seu polegar calejado roçar em meu clitóris.
Com a sensação divina que me atingiu então, só pude fechar os olhos com minha cabeça lentamente inclinando-se para trás
enquanto minha boca se abria ainda mais a entornar um longo, quase silencioso, e do mais agudo e feminino gemido.
E então um novo gemido um pouco mais alto de quase dor, mas ainda delicado como uma borboleta, sendo logo seguido por muitos outros que foram intensificando-se a cada nova toque em meu centro até que eu gemesse desesperadamente num sufocado e doloroso tom de clamor sentindo como se meu corpo inteiro subitamente tivesse se transformado em luz.
— Não!… — gemi ofegantenente inconformada, a luz enfim a se dissipar. — Não, papai… Oh… por quê…? Por que fez isso comigo?…
— Oh, querida… — ele sorriu. — Estamos apenas começando!…
