Dois casais pela primeira vez

Quando a segunda garrafa de espumante foi aberta, todos já estavam risonhos e brincalhões, principalmente as mulheres. A ideia de trazer as três garrafas foi minha – o álcool, como se sabe, é o melhor antídoto para a inibição. E o clima, de fato, estava terrivelmente tenso quando avisei: “Olha, trouxe aqui umas garrafinhas de espumante, posso abrir?”. Na chegada, quase simultânea, os casais se cumprimentaram timidamente. N. e eu chegamos um pouco antes e apenas deu tempo para a gente se entreolhar, nervosos, deixar as coisas num canto, lavar as mãos, que, da entrada do motel, nos telefonaram avisando que um casal estava chegando.

Como o cara era conhecido dela, a ela coube receber os dois e fazer as apresentações. Beijinhos no rosto, aquela olhadinha mais longa de quem está fazendo o reconhecimento do terreno, pessoas se esforçando para parecer à vontade, climão no ar. Cada casal em um canto: nós no sofá, eles sentados na cama. Bolsas e chaves de carro deixados sobre um móvel, todos vestidos como chegaram.

Mas aí veio a ideia de beber, vieram as perguntas sobre “o que você faz” e se “são daqui mesmo”, as tentativas de gracejo para quebrar o gelo, as perguntas sobre se “vocês já fizeram isso”, novas risadas. O álcool foi dissipando a tensão, as mulheres tiraram os sapatos, as pessoas se sentiram mais à vontade, os casais se tocaram nas mãos, nos cabelos, braços, pernas. Concedeu-se mais tempo aos olhos percorrendo os corpos que desejavam – rostos, peitos, coxas, o volume entre as pernas, mãos, nucas.

Pela metade da segunda garrafa, bebida em tão curto espaço, as mulheres, primeiro, já estavam meio altinhas. Um pouco de água para diminuir o calor que subia, apesar de o ar-condicionado estar dando conta do recado naquela suíte onde nos encontrávamos. Júlia pediu licença para ir ao banheiro quando eu abri a terceira garrafa. De copo na mão, N. mudou de posição e sentou-se no meu colo, já muito animadinha. João, ainda na cama, já a comia com os olhos e o volume das calças deixava isso muito claro. As mãos de N. desabotoavam a minha camisa e a sua mão esquerda procurou o meu peito. A conversa ainda rolava, mas o tesão já dominava tudo.

Havia um roteiro combinado nos meses de preparação do encontro. Primeiro, os casais transariam entre si; depois, se todo mundo estivesse de acordo, aconteceria a troca. Ao sentar no meu colo com aquela bunda maravilhosa, enquanto apertava com força os músculos do meu peito, N. deu, discretamente, partida em todo o processo. Dali para uma boca na minha nuca foi um passo. E, quando Júlia voltou do banheiro, só de calcinha e camisa, a festa então tinha começado.

A conversa cessou. João sentou encostado na cabeceira da cama; entre as suas pernas, Júlia sentou, joelhos dobrados, lindas coxas à mostra. Estavam assistindo às iniciativas de N., que agora tinha dado um jeito de desafivelar o meu cinto, abrir o primeiro botão da minha calça e deslizar a mão até enchê-la com o meu pau. Fazia isso enquanto olhava para o casal à nossa frente. A mão esquerda de João já acariciava a boceta de Júlia, que abrira as pernas, por sobre a calcinha. A mão direita passeava entre um seio e outro.

Nisso, N. levanta-se e tira o vestidinho pela cabeça, enquanto eu tiro a minha calça. N. tem um corpo espetacular; nós sabíamos o impacto que isso causaria no outro casal. Ato contínuo, ela fica de joelhos, a bunda empinada na direção do João, o meu pau em sua boca. Enfim, estava acontecendo o que tanto tínhamos esperado e temido por meses: o friozinho na barriga, o quarto pegando fogo de tesão.

João começou uma siririca lenta em Júlia enquanto os dois nos olhavam. A boceta dela já estava visivelmente encharcada, a boca entreaberta, suava. Ainda de costas para eles, N. havia, então, sentado com tudo no meu pau e começou a gemer e a falar daquele jeito que costumava fazer entre quatro paredes, aparentemente esquecida de que tínhamos visita. “Mete, meu amorzinho, mete gostoso, mete, vai, vai, vai.” Comecei a chupar os peitinhos dela, naquele momento ao alcance da minha boca, enquanto, com as mãos na bunda dela, eu ajudava os movimentos de subir e descer ou acompanhava o rebolado que ela adorava.

Abri os meus olhos quando ouvi os gemidos vindos da cama ao lado. Júlia deitada de lado, João metendo de bandinha, mãos nos seios, enquanto ela mesma massageava o próprio grelinho. Deitaram-se de lado para não perder de vista o espetáculo que era a dança furiosa de N. quando se sentava no meu pau: o desespero da fome, fodendo como se não houvesse amanhã, falando putaria e usando toda sorte de imperativos do seu vocabulário – “mete”, “soca”, “enfia”, “aperta”, “come”. Eu sabia que ela não tardaria a gozar pela primeira vez e, de fato, deu uma série de uivos, arqueou o corpo, gozou com gosto e paixão e sentou, mole, arfante e suada, no meu pau ainda duro.

Depois, se ajeitou no meu colo e virou-se para assistir, pela primeira vez, à foda do casal convidado. Nem eu nem ela jamais havíamos visto alguém fodendo, ao vivo, assim, de pertinho. Ao tesão, juntou-se a curiosidade. Júlia, notando que agora éramos plateia, empinou ainda mais a bundinha para que João enfiasse tudo. E também não se fazia de rogada nos gemidos: ora alternava entre ordens (“mete, cachorro”) e súplica (“me come, gostoso”), ora comandava o trânsito (“mais rápido, mete tudo, mais forte, vai”). Foi João quem gozou gostosamente, o pau cravado na buceta de Júlia, os olhos na buceta de N., que se sentou com as pernas abertas, de frente para ele.

O medo agora era de um climão, depois da loucura das fodas. Mas não. N. levantou-se para ir ao banheiro; João serviu mais champanhe a Júlia, que aproveitou para arrumar os lençóis. Não deu tempo de ter que arrumar assunto: N., que era mais conversadeira, voltou do banheiro, bebeu mais um gole e, notando que Júlia não tirava o olho do meu pau, ofereceu: “Quer experimentar? Eu deixo, não sou ciumenta.”

Júlia olhou para o marido, de cuja boca se ouviu um suave, mas firme, “vai, amor”. Peguei uma camisinha e coloquei no pau, enquanto Júlia se levantou e pude ver como era gostosa. “Você é muito linda, Júlia, vem cá”, disse, sorrindo. Na verdade, fui eu quem se levantou e fui para a cama. Deitamos um em frente do outro, rolou um beijinho tímido, na boca, encostei meu corpo no dela, o pau encostado na sua barriga, minhas mãos buscaram a sua bunda e ela me olhava nos olhos enquanto me agarrava. Deitou-se rapidamente de barriga para cima, dobrou os joelhos e fez o convite irresistível: “Vem.”

Eu fui. Meti fundo. A pressão era diferente, o corpo era diferente, a voz era diferente, e não tem coisa que dê mais tesão que isso. Júlia estremecia; claramente, estava com muita vontade de ser comida por outro pau e gozar para outro cara.

De repente, eu havia me esquecido de N. e João até ouvir os gemidos e gritos característicos dela. João, ao que parece, havia se recuperado rápido do primeiro round. João, que sempre teve tesão nela e havia insistido muito para esse encontro acontecer, estava realizando um sonho. E N… bem, N. gosta mesmo é de foder e adora, como ela diz, essa sensação de friozinho na barriga. Também estava deitada debaixo de João, no sofá. E olhava para mim.

“Está gostoso, amorzinho?”, perguntou. “Muito, Júlia é uma delícia.” “Então fode ela com força pra eu ver, vai.” Acelerei a penetração; Júlia tremia, estava realmente muito excitada com aquela situação. Comecei a falar putaria baixinho no ouvido dela, que é mais o meu jeito de fazer as coisas, e percebi que aquilo a excitava. “Não era isso que você queria, Ju? Ser a minha putinha? Gozar no pauzão? Então seja a minha putinha, goza no pau do seu macho, vai, ensopa o meu pau. Quer que eu te encha de porra, quer? Então pede.” Baixinho, também, ela respondia: “Queria muito, seu pau tá muito duro, me fode com esse picão, vai, mete que eu vou gozar.” E, de fato, gozou e, ao que parece, gozou muito. Mas me agarrou para que eu não saísse de dentro, o pau ainda duro, a boceta dela ainda me apertando, latejando, o suor colando os dois corpos.

Ficamos assim ainda alguns minutos, enquanto ouvíamos N. gozar uma, duas vezes ao lado. N. goza muitas vezes durante uma foda, é praticamente insaciável, e aquilo tudo certamente a excitava.

Foi a voz dela que ouvimos, eu e Júlia, enquanto esta ainda me prendia dentro dela: “Você não queria que ele comesse a sua bundinha, Júlia? Aproveite agora. Eu recomendo, ele sabe como ninguém comer um cuzinho.” Júlia riu e me perguntou, baixinho: “Não quer gozar na minha bundinha?”. Também ri; é claro que queria.

Júlia, que é menor, ficou de quatro na beira da cama, enquanto eu fiquei em pé. Eu troquei a camisinha, coloquei lubrificante no cuzinho dela e me preparei para enterrar. Nisso, N. levanta-se, me abraça por trás, segura o meu pau e o aponta para o cuzinho de Júlia. “Come a bunda dessa putinha, meu amor, come.” E praticamente usa o seu corpo para empurrar o meu para a bunda de Júlia. Entrou devagar e apertadinho; aparentemente, aquilo não era muito frequentado.

Segurei na cintura de Júlia e fui enterrando. Nisso, João deita-se na cama e começa a beijá-la na boca. Quando o pau encaixou tudo, pude olhar como a bunda de Júlia era bonita, redondinha, pequena. Comecei a meter mais rápido; N. incentivava, João beijava os peitos de Júlia e ela gemia, a essa altura, como uma cadela. De fato, ela gostava daquilo. “Me come, cachorro, mete esse cacete sem dó, arromba esse cuzinho, vai.” Eu já enfiava com muita força porque aquilo tudo me excitava demais. Júlia empinava mais a bundinha; N. gritava: “Come essa putinha, não é de puta que você gosta?”; e Júlia gemia muito, até que gozei muito, como fazia tempo que não gozava. Caímos, engatados, na cama. N., suada, me agarrava por trás. João, olhando nos olhos de Júlia. Todos exaustos, meio envergonhados, mas muito felizes. “Adorei, amorzinho”, foi a última coisa que ouvi de N. antes de deslizar para o sono.

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